Fundraising é uma das grandes preocupações de muitos empreendedores, mas de acordo com Mike Ajnsztajn, co-fundador da ACE, “startup que conta com um bom produto e um bom crescimento, não vai ter problema em conseguir dinheiro”.
Especialista em investimentos para startups e um dos principais nomes em empreendedorismo no Brasil, Mike apresentou o painel “Show Me The Money” durante o Wizard, como é chamada a primeira semana da aceleração da ACE.
Ele apresentou o ecossistema investidor do Brasil aos times que iniciam a aceleração e contou um pouco sobre sua jornada empreendedora, desde quando fundou a Blowtex até o exit do Zuppa e a criação da ACE.
“Não tem crise no ecossistema de startups. Tem um ótimo número de fundos captando e cada vez mais existem mais investidores-anjo, então não falta dinheiro para o empreendedor”, analisou Mike.
Confira abaixo algumas das melhores práticas sobre a captação de investimento para startups
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Planeje com antecedência
O prazo para levantar os investimentos precisa ser uma pauta de atenção máxima da startup. Em média, as tratativas podem durar aproximadamente:
- Quatro meses para investimentos de até R$ 500 mil
- Sete meses para investimentos entre R$ 500 mil e R$ 1 milhão
- Nove meses para investimentos maiores que R$ 1 milhão
O processo de negociação é demorado e, caso o time não tenha se planejado com antecedência, o dinheiro disponível pode acabar antes do aporte. “Não deixe para levantar dinheiro na última hora. Senão, até você conseguir fechar o deal a sua startup já morreu de fome”, comenta.
Prepare a sua munição
Cada mercado possui características próprias, mas algumas regras valem para qualquer tipo empresa na busca por investimentos.
Uma delas é que o empreendedor precisa estar sempre preparado para se apresentar. E, para isso, existem “munições” obrigatórias:
- Sumário Executivo (One Pager)
- Apresentação visual para pitch
- Deck com prospecções
- Pitch de 1 a 5 minutos
Segundo Mike, a startup deve sempre ficar no comando de sua apresentação e ter o discurso bem ensaiado. “Se você conseguir explicar para o motorista do Uber o que você faz e ele entender, seu pitch está redondo”, comentou.
Outra dica do fundador da ACE foi que os empreendedores precisam entender que conversarão com grandes empresas, muito mais experientes neste processo: “Nunca negocie investimento sem um advogado”.
ACE Wizard – Dia 3
O Wizard é a primeira semana da aceleração da ACE, que chega à sua nona turma com recorde de empresas: 37 startups acelerando em São Paulo, Rio de Janeiro, Goiânia e Curitiba.
É quando a ACE “instala” seus valores, metodologia e mindset de crescimento nos empreendedores.
No terceiro dia de atividades, as startups foram divididas em dois grupos, para receberem conteúdos específicos de cada área: SaaS (Software as a Service) e marketplace.
Os acelerados também participaram de um bate-papo com dois empreendedores que já passaram pela Melhor Aceleradora da América Latina, Thiago Vailati, CEO da Hiper, e Martin Romero, CEO da EasyQasa. Eles conversaram sobre as melhores práticas para SaaS (Software as a Service) e Marketplace, que também foram pauta de uma série de atividades da tarde.
– por Rodrigo Simões, especial para a ACE