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O que é Corporate Venturing?

Atualmente, Corporate Venturing tornou-se uma tendência mundial.

A crise incrementou a percepção das startups como uma ferramenta de inovação mais rápida por parte das empresas, principalmente por 4 motivos:

  • Digitalização, co-criação e go-to-market de novos produtos e serviços por meio de startups
  • Aquisição de talentos e soluções e tecnologias com maior integração e menor risco de insucesso
  • Proximidade de tendências de mercado , novas tecnologias e modelos de negócio
  • Crescimento de novas linhas de receita via investimentos e fusões e aquisições (M&A)

Por que inovar com Startups?

Inovar com startups tem se tornado um instrumento muito utilizado pelas companhias no mercado internacional, além de vir ganhando muita adesão. Como mostram diferentes dados de mercado, 75 das 100 empresas Fortune possuem ações específicas e estruturas de aproximação com startups. Além disso, no ano 2019 foram feitos mais de 3.000 investimentos por corporações em startups (CrunchBase e CBInsights) e 90% dos unicórnios Chineses (empresas valoradas em mais de 1 bilhão) têm pelo menos um investidor corporativo (GCV Analytics). 

Estamos vivendo a quinta onda de Corporate Venture Capital (HSM), com uma característica muito marcante e diferente das ondas anteriores. As companhias vivem em um mercado de constante evolução, globalizado e com forte concorrência, e as corporações procuram LTVs mais altos (maior valor do tempo de vida do cliente) que podem pagar CAC (Custos de aquisição de clientes) mais altos. Além disso, buscam melhor monetização para obter uma vantagem competitiva para o crescimento (Corporate Venturing: A Survival Guide).

No Brasil o cenário é diferente. A maioria das iniciativas têm menos de 2 anos (ACE e Fisher Venture Builder), e nos próximos anos teremos mais empresas com programas de corporate venturing, participando ativamente de investimentos e aquisições de startups.

Quais sãos as ferramentas que as companhias têm para inovar com startups?

Dentro do Corporate Venturing existem dois grandes grupos que não estão desligados um do outro mais sim tem uma característica diferente: 

Assim, podemos dividir em 2 grupos:

  • Ações de relacionamento com startups que não precisam de investimento direto.
  • Ações de relacionamento que precisam de investimento direto nas startups. Também chamado Corporate Venture Capital.

 

Na tabela seguinte podemos observar as diferentes possibilidades com e sem investimento direto em startups 

Corporate Venturing

 

As empresas, por terem uma gama ampla de possibilidades em se relacionar com startups, e ser um mercado relativamente novo, acabam se perdendo e aplicando medidas fora da maturidade ou adotando ações que não estão alinhadas com o objetivo estratégico da empresa. Como mostram o resultados da nossa pesquisa com 140 programas corporativos, a cada 5, 4 programas de relacionamento com startups acabam não atingindo o seu objetivo.

Como começar?

Precisamos responder alguns questionamentos:  Qual o estágio de relacionamento com as startups que a companhia deve trabalhar? Como colocar os objetivos certos? Como medir o impacto no relacionamento com a startups? são perguntas frequentes. Para mim o relacionamento das empresas com startups é como um treinador com um atleta.

Trabalhar com Corporate Venturing é similar a pessoa que quer correr uma maratona. Além de apaixonado pela inovação, trabalho com startups desde 2008, sou PhD em Educação Física e fui 9 vezes campeão da Espanha de wrestling.

Quando alguma pessoa comenta que ela quer correr uma maratona, a primeira pergunta que eu faço é: Parabéns pela iniciativa mas… quantas vezes você treina por semana? Já correu uma distância tão longa alguma vez? Fez uma avaliação física? Dependendo da resposta que, na maioria das vezes é não para todas, eu respondo: “Bem… vamos começar com o básico, saber sua condição física e começar a colocar treinamentos curtos frequentes”. 

A importância em se preparar

Dessa maneira, se não fizermos isso, você com certeza vai correr uma maratona com grandes chances de se lesionar, e não irá acabar a corrida. No pior dos casos, se frustrará e sua motivação irá cair, pensando que esse tipo de atividade não é para você”. 

Uma vez medida a condição física, sabendo o estágio que a pessoa está e colocando pequenas metas, iremos avaliando até conseguirmos ter tempos de corrida e condicionamento físico melhores. Isso nos indicará que estamos indo pelo caminho certo, e antes de fazer uma maratona completa, iremos fazer uma meia maratona para saber se realmente a pessoa está preparada. Só depois de tudo isso, poderá fazer alcançar seu objetivo final.

Depois disso, certamente uma vez completado todo esse processo com sucesso, atendendo às características de cada estágio a pessoa poderá completar o seu objetivo com sucesso, com saúde e pronta para desafios maiores com resultados e motivação bem no alto.

>> Veja taambém: 12 possíveis razões para projetos intraempreendedores não decolarem dentro da grandes empresas <<

A preparação para o Corporate Venturing

As empresas que querem inovar com startups, mediante o corporate venturing, têm um processo similar. Primeiramente, a empresa deve saber em qual estágio ela está, como irá medir o sucesso em termos financeiros, e o mais importante: como irá impactar a estratégia da empresa. Por exemplo, estudos de corporate venturing (livro Master of Corporate venture Capital) mostram a importância de mensurar o impacto na estratégia, e sua importância para a sobrevivência do corporate venturing dentro da companhia. 

Além de colocar objetivos e saber como mensurá-los, é importante saber que é preciso contratar uma pessoa qualificada. No livro Corporate Venturing: A Survival Guide, que estuda diferentes corporate venturing, é mostrada a importância de ter uma equipe qualificada para ter sucesso no projeto. É essencial ter pessoas com conhecimento específico em startups, que falam as duas linguagens, corporação e startups, e saibam transitar por esse dois “mundos”. No mesmo caminho, outro dado interessante seguindo a J. Thelander Consulting os profissionais de Corporate Venturing, pelo menos 50% vem de fora da empresa, incluindo consultorias com experiência no Corporate Venturing

Às companhias, podemos avançar nos diferentes estágios de relacionamento com startups ou inclusive trabalhadores ao mesmo tempo.

Corporate Venturing e CVC

Resumindo, as companhias podem inovar estrategicamente com startups atendendo a grau de maturidade dela. Por isso, é importante saber por qual, ou quais estágios começar, antes medir financeira e estrategicamente o impacto causado à companhia. Além disso, é essencial colocar objetivos e mensurar tudo, para saber quando a empresa estará pronta para novos desafios, e mostrar resultados dentro de casa.

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26 de julho de 2024 – São Paulo