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Quando uma grande corporação deve comprar uma startup?

O termo inovação aberta é cada vez mais comum dentro das empresas. Ver grandes corporações querendo se aproximar do ecossistema empreendedor fazendo negócios com startups também é uma consequência disso. A aproximação entre startups e grandes empresas pode acontecer em alguns estágios, listadas pelo CEO da ACE, Pedro Waengertner em seu livro A estratégia da Inovação Radical. De acordo com Pedro, o método mais “difícil” de aproximação entre ambas, é quando uma empresa decide comprar a startup. Mas então, quando é a hora certa de uma grande corporação comprar uma startup?

O primeiro passo

Não é só adquirir por adquirir. Existe um trabalho pré e pós compra que englobam aspectos bem importantes. Ter clareza sobre o seu negócio antes de sair a procura de uma startup e saber o que “fazer”com ela, uma vez adquirida. Onde ela vai se encaixar dentro do seu negócio? Como será o modelo de operação de ambas daqui para frente? Quanto está disposto a investir no deal? São exemplos de perguntas, que, antes de qualquer ação, devem ser respondidas.

A motivação

Mas por que uma grande empresa deveria comprar uma startup? Ora, é claro que isso vai depender da estratégia da empresa (por isso é importante responder as perguntas que colocamos acima). Não existe uma motivação certa ou errada. Mas mesmo assim, vamos dar alguns exemplos. Ao adquirir uma startup, uma empresa pode estar em busca de um ativo financeiro, ou de um ativo estratégico. Ativos estratégicos abrangem alguns interesses, como crescer de forma mais acelerada em um determinado setor ou mercado, entrar em um país estrangeiro, ter novas linhas de produto e até, matar a concorrência (no caso entre a empresa grande e a startup). Além disso, a aquisição pode ser também uma forma de investimento, onde posteriormente a startup é vendida para um fundo de Venture Capital.

Considerações

Suponhamos que você faça parte de uma empresa que acabou de adquirir uma startup. É importante lembrar que ao trazê-la para dentro, você também explora sua base de clientes e canais que esta tem. Vale enfatizar que empresas não compram produtos e serviços, mas sim, pessoas.

Sabemos que muitas das transações de aquisição de empresas e startups não dão certo. Mas por quê? Muitas vezes não existe uma clareza sobre o motivo real da compra, e isso pode acabar deixando a representatividade do novo negócio bastante “confuso” dentro da empresa.

Outro elemento importante a se considerar é o capital humano. O maior ativo em uma transação. Portanto, o fit cultural é um detalhe que deve ser muito bem analisado entre as partes. Quase sempre existe um descasamento entre a expectativa e a realidade. Ao serem adquiridas, as startups, que têm em seu DNA a busca pela escala e crescimento agressivo, se veem envoltas em um processo mais lento e burocrático dentro das empresas. Isso acaba gerando frustração em ambas as partes, além de outros impactos no negócio.

Aprofunde-se no debate, ouvindo o nosso episódio do podcast. É só apertar o play!

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26 de julho de 2024 – São Paulo