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Como encontrar um sócio para sua startup?

Tirar uma startup do papel é uma tarefa complicada e você vai precisar de ajuda.

Por mais que você resista à ideia de compartilhar seus planos com alguém no início, em algum momento de sua trajetória será necessário confiar em quem possa te ajudar com investimentos, conhecimentos técnicos específicos ou no dia a dia de sua operação.

Ou seja, se você não tem um Hulk, é melhor construir o seu exército.

Na ACE, ter um time é um fator essencial para as startups.

> Leia também: Como Funciona o ACE Start

“Só aceleramos equipes completas, porque a carga de aceleração é muito pesada. De um dia para o outro, você vai explodir sua cabeça em produto, marketing, vendas, desenvolvimento, finanças, contratos, jurídico. Cada área vai te exigir muito e, se você é um cara só, você não dá conta”, explicou Felipe Collins Figueiredo, Head de Marketing da ACE, durante o ACE Live “Como encontrar um sócio para a sua startup?.

O encontro também contou com a participação de Vinícius Machado, Head da ACE University, João Vitor Chaves Silva, da 10Starters, Monique Correia, da Girls in Tech Brasil, e Guilherme Tângari, da Espresso.

Quando é a hora de procurar um sócio?

Não existe um momento certo para aumentar sua equipe, mas um pré-requisito é importantíssimo na hora de atrair as pessoas certas para sua startup:  a validação.

“É legal ter alguém para compartilhar suas dúvidas, seus medos, mas isso não pode impedir você de ir pra rua conversar, perguntar. Você tem uma ideia, mas isso não vale nada enquanto não conversar com alguém e descobrir se é uma necessidade, se é um problema na vida das pessoas.”, ressalta Guilherme.

Com um bom projeto em mãos, objetivos bem traçados e projeções realísticas, será mais fácil não só atrair, mas também manter as peças certas em seu time.

Isso porque você passa a entender quanto trabalho é necessário para que seu projeto evolua e a reconhecer que a outra pessoa trabalha tanto quanto você, ou até mais.

“Faz muita diferença nas taxas de sucesso de um startup quando você respeita a outra pessoa e não acha que é um funcionário que está recebendo equity”, resume João Vitor.

Sócios: Onde vivem? O que comem?

Se existisse um Globo Repórter sobre o tema, o primeiro lugar que ele visitaria seria o seu círculo de amigos e conhecidos.

São essas pessoas que vão te escutar, dar dicas, comprar sua ideia ou indicar alguém que se encaixe no perfil que você procura.

“Para começar a falar dos seus valores e das suas ideias, você precisa de algumas cervejas”, brinca Monique.

A diretora executiva da Girls in Tech Brasil explicou que, embora sempre exista “alguém que conhece alguém”, normalmente existe um gap no seu círculo de amizades em conhecimentos específicos.

A dica nestes casos é começar a participar de eventos desta área para se conectar com pessoas que não só tenham as habilidades desejadas, mas também os mesmos valores e ideias que você.

“É bom porque você vai começar a validar a sua ideia, conversar com outras pessoas sobre isso e fazer amigos primeiro. Para gerar um nível de confiança para ser sócio, normalmente você gera vínculos. E o primeiro é achar pessoal legal”.

Este relacionamento próximo, no entanto, precisa ser sempre muito bem dosado.

Lembre-se que é bom ter alguém para dividir seus sonhos, mas você precisa ter com quem contar na hora do aperto também!

O que eu posso oferecer?

Esta é a pergunta de um milhão de dólares. A resposta depende de diversas questões.

  • Qual papel a pessoa vai exercer?
  • Qual vai ser a entrega desta pessoa no seu time?
  • Qual a expectativa de retorno desta pessoa?
  • Qual a sua expectativa de retorno sobre o trabalho desta pessoa?
  • Quão profunda é a relação que vocês já têm?

“A melhor solução, tecnicamente, é fazer um contrato de vesting, ou seja: ‘vou passar um tempo com você e definir que por este período você vai ganhar aquela porcentagem que eu prometi, mas se você sair antes do combinado o acordo está desfeito’”, indica o Head da ACE University.

Para João Vitor, é necessário separar os tipos de sócios para entender quanto pode ser oferecido.

Segundo ele, as possibilidades são:

Investidor:

É quem coloca o dinheiro no projeto, mas não está presente no dia a dia. Com este tipo de sócio, o importante é alinhar o investimento com expectativas e projeções. Não prometa o que não pode ser alcançado, mas também não se iluda com a grana. Não venda sua alma;

Co-founder:

É quem vai carregar o piano com você, apostar na sua ideia e dividir os riscos desde o início da startup. É a pessoa que, se sair da empresa, o projeto morre. Neste caso, geralmente, você vai dar muita coisa para seu co-founder, como 50% ou 40% de equity. “As duas ou três primeiras pessoas irão dividir quantidades altas e próximas. Esteja disposto a fazer isso. 50% de alguma coisa é melhor que 100% de nada”, resume.

Talento:

É alguém com conhecimentos específicos para acelerar o ritmo e ajudar a empresa a crescer. São peças pontuais, que você irá procurar no mercado de acordo com a necessidade do projeto. Entram posteriormente, com equity menor – entre 3% e 5%, em contrato de vesting – e uma ajuda de custo ou salário.

Outro fator importantíssimo na hora de decidir sobre um sócio é, vejam só, você! Não adianta buscar em outras pessoas o sucesso de sua startup e não cumprir com seus prazos e metas, bem como também é importante reconhecer os próprios erros e limitações. “Parta do pressuposto que você também erra, também tem problemas pessoais”, lembra Monique.

 

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26 de julho de 2024 – São Paulo